terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Violência: Guerra sem fim...?

Em anos e anos de estudos sobre violência, educação, cultura e bons modos, acho que até hoje não consegui entender por que nossa sociedade passa por problemas tão repetitivos a tantos anos, e no entanto, em nome de sua moral e dos "bons costumes" agente aguenta uma arma na cabeça por um celular.
Como entender como funciona o processo que faz com que um indivíduo saia de seu nicho social e venha até você, com o objetivo de lhe subtrair algo, com algo em punho, ameaçando sua vida, de forma covarde.
Como entender? Para muitos é muito simples e objetivo: Um homem precisando de dinheiro, provavelmente drogado, que precisa sustentar seu vício.
Talvez o enfoque da situação esteja sendo desviado, sim, entendo que muitos de nós tendem a esquecer ou não lembrar o que de fato motiva essa onda de violência, de impunidade contra quem é pobre, contra quem todos os dias tem de lutar contra o capitalismo. (Ou a favor dele)
O sujeito que tem coragem de ameaçar a vida de alguém em qualquer esquina, provavelmente tentou algo na vida antes de se ver armado e pronto para matar por dinheiro ou bens, e concerteza antes de desenvolver necessidade de obter dinheiro, ele já teve outras alternativas de vida, todas porém, sem sucesso, e ele só viu alternativa no crime, onde sua vida é curta, ou morte, ou prisão, o que lhe impoe morrer de uma forma ou outra em um espaço curto de tempo.
Boa parte da sociedade tende a colocar a culpa de tudo o que tem acontecido em relação a violência no usuário de drogas, motivado claro, por filmes e séries de tv, que tendem a achar um culpado para tudo.
Só que muitas coisas não passam na tv, muitas coisas são feitas por gente da televisão, gente hipócrita, que sustenta o tráfico de drogas e fala mal por trás.
É de um consenso mais do que geral que a guerra as drogas não tem feito efeito, e pior, tem tido defeito, que normalmente os que pagam sempre somos nós, o povo, que sofre com uma guerra sem fim, e que mostra culpados de todos os lados, usuários, traficantes e a polícia.
Propostas de descriminalização de drogas tem sido feitas, no entanto boa parte da população, ainda entende que usar drogas é um conceito imoral, ilegal e que deve ser banido.
Eu entendo que a moral e os bons costumes não fazem e nunca fizeram parte do ser humano como um todo, mas no entanto a religião surgiu para difamar e desviar o ser humano de seu verdadeiro foco, que é se conectar a natureza.
É da natureza do ser humano a utilização de outras substâncias para impulsionar estímulos cerebrais, é do ser humano, isso é natural, de certa forma, milenar...
Ainda existe tempo de mudar esse quadro, ainda existe tempo para deixar de investir dinheiro em segurança pública, em combate ao traficante de esquina.
Existe tempo para direcionar parte dos recursos utilizados contra o consumo de drogas, em campanhas de publicidade educando o usuário e avisando sobre os riscos de seu excesso.
Existe tempo para criar alternativas de tratamento, tirando o dependente da rua, da mendigagem, onde só corre riscos.
De fato, existe um grande projeto na cabeça de milhões de brasileiros sobre o dia em que a hipocrisia não terá lugar, e quem gosta de usar drogas vai usar, quem não gosta não vai, e todos serão felizes em seus espaços.
Me desculpem a forma errada de conduzir este texto, não tenho nenhum tipo de acompanhamento, e faço tudo a partir do que vem da minha cabeça.
Lembrando: O real objetivo deste post é direcionar o enfoque da violência para a guerra contra as drogas, que só fez o número de usuários aumentar, e que até hoje faz o povo sofrer com uma violência sem tamanho.
Uma proposta de liberação consciente de drogas, é uma melhor alternativa para enfraquecer o crime organizado e de certa forma, diminuir boa parte da violência que nos cerca.

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